Foi no primeiro século
d.C., em Antioquia da Síria, que os seguidores de Jesus passaram a ser chamados cristãos. Cristãos são pessoas
que reconhecem em Jesus Cristo a solução de Deus para o problema do pecado.
Quando não é entendido
corretamente, o conceito de pecado pode ser percebido como ofensivo ou
ridículo. Muitas pessoas acham que pecar significa quebrar regras
"divinas" de comportamento. Mas a Bíblia ensina que: (a) pecado é
rebeldia contra Deus; (b) "o salário do pecado é a morte" (Rom
6.23).
Paulo de Tarso, um dos
principais líderes das primeiras comunidades cristãs, escreveu: "Deus dá prova do seu amor
para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por
nós" (Rom 5.8). Em outra
ocasião, ele escreveu:"somos dominados pelo amor que Cristo tem por
nós... Ele morreu por todos para que os que vivem não vivam mais para si
mesmos, mas vivam para aquele que morreu e ressuscitou para a salvação
deles" (2 Cor 5.14-15).
Desta forma Jesus tornou possível que cristãos de todas as épocas e tradições
afirmem juntamente com William Daniel Phillips (Prêmio Nobel de Física de
1997): "Creio em Deus
como criador e como amigo. Isto é, creio que Deus é pessoal e interage
conosco".
A Bíblia ensina - e a
experiência individual comprova - que se tornar cristão significa transformação
de vida. Paulo de Tarso explica isto da seguinte forma: "Quem está unido com Cristo é
uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo. Tudo isso
é feito por Deus, o qual, por meio de Cristo, nos transforma de inimigos em
amigos dele" (2 Cor
5.17-18).
O primeiro passo para se
tornar cristão é o arrependimento, que não consiste apenas em lamentar esta ou
aquela má ação, mas inclui: (a) o reconhecimento da nossa rebeldia contra Deus,
e (b) o desejo de mudança. O segundo passo é aceitar que a solução para nossa
condição é Jesus Cristo e aquilo que ele fez por nós. Para tal é preciso ter,
obviamente, uma noção básica a respeito de Jesus Cristo. Os evangelhos de
Mateus, Marcos, Lucas e João contém informações de primeira mão sobre Jesus,
sua vida e obra. Um texto derivado destes, cuja leitura também tem sido útil a
muitas pessoas é Cristianismo puro e simples, de C.S. Lewis,
um dos grandes professores de literatura da Universidade de Cambridge.
Tornar-se cristão tem um
aspecto individual e outro corporativo. Quando nos tornamos cristãos o fazemos
pessoalmente, por exemplo, numa oração; mas também o fazemos de forma pública,
ao nos tornarmos membros de uma igreja local (comunidade cristã). João escreve
aos cristãos: "A mensagem
que vocês ouviram desde o princípio é esta: Que nos amemos uns aos outros" (1 João 3.11). Nas igrejas e
através delas temos oportunidades de praticar isso. É difícil viver uma vida
cristã sem um grupo de amigos cristãos, sem uma comunidade que crê o que você
também crê.
Mas há céticos com relação
às igrejas, pois de uma forma ou de outra cristãos e suas comunidades
desapontaram muitas pessoas. Isto não surpreende realmente; comunidades cristãs
nunca foram (e nunca serão) comunidades perfeitas. De fato, Paulo de Tarso
alertou que "entrarão no
meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho ... se levantarão homens
que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si" (Atos 20.29). Assim, um pouco de
pesquisa e uma pitada de discernimento são importantes para escolher a sua
comunidade cristã.
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